sábado, 21 de janeiro de 2012

O Céu vai ter que esperar!, de Cally Taylor

   Encontrar o amor da sua vida, casar com ele e ser feliz para sempre é um dos sonhos de grande parte das mulheres.
   Lucy Brown estava prestes a realizar esse sonho quando, nas vésperas do seu casamento com o maravilhoso Dan, partiu dessa para uma melhor. E, então ela tem de escolher entre tentar ser um fantasma e ficar com seu grande amor ou descansar em paz. É ao redor de tal situação que o leitor se vê em "O Céu vai ter que esperar!", primeiro romance de Cally Taylor.
   A obra dessa nova autora traz em suas páginas mais do que uma história engraçada, romântica e empolgante. Taylor conseguiu transmitir tudo isso utilizando uma forma de narrar que apesar de não ser inovadora ainda surpreende. Lucy Brown é uma narradora defunta ou uma defunta narradora. Um tipo amplamente conhecido graças a "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. Porém, enquanto  Brás Cubas narra os acontecimentos de sua existência terrena, Lucy  fala sobre o que se passa em sua vida a partir do instante em que morre: suas aventuras como uma aspirante a fantasma cuja missão é encontrar amor da vida de um homem que nunca viu - e, é só a plena realização de tal missão que permitirá a personagem ficar ao lado do belo Dan- , suas descobertas nessa nova fase da sua vida, ou melhor, morte, suas tristezas e alegrias.
  Talvez Cally  Taylor tenha escrito seu livro sem nem ao menos conhecer a obra de Machado, mas pode ser também que conheça. O fato é que fez um livro capaz de cativar o leitor, de aguçar sua curiosidade e prendê-lo da primeira à última página.